Vereador de Muriaé é condenado a cinco anos de prisão por rachadinha
Ele ainda responde criminalmente pelo cometimento de 178 crimes de peculato e dois delitos de lavagem de dinheiro
Um parlamentar da Câmara Municipal de Muriaé foi condenado após ser investigado como responsável pela prática de rachadinha. A pena prevê cinco anos e quatro meses de reclusão, a ser cumprida no regime semiaberto, sendo mantido o afastamento dele do cargo público. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), ele ainda responde pelo cometimento de 178 crimes de peculato e dois delitos de lavagem de dinheiro, ação ainda em andamento.
O parlamentar foi um dos alvos da Operação Catarse, deflagrada em conjunto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, pela Promotoria do Patrimônio Público de Muriaé e pelas polícias Civil e Militar, que apura a prática dos crimes de corrupção passiva, concussão (exigência de vantagem indevida em razão do cargo), peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além dele, outros investigados tiveram mandados de prisão preventiva, mandados de afastamento de cargo público, mandados de indisponibilidade, constrição, busca e apreensão e bloqueio de bens e valores dos investigados num patamar aproximado de R$ 12,5 milhões.
O MPMG também está apurando a existência de um sofisticado esquema criminoso entre vereadores e empresários. A suspeita é de que eles emitem notas fiscais frias, em uma tentativa de legitimar o pagamento criminoso de verbas de gabinete aos parlamentares investigados, além disso, no cenário de empresas registradas em nome de terceiros (laranjas).
Alguns dos políticos da Câmara Municipal de Muriaé também estão sendo investigados por suspeita de obrigarem servidores públicos a repassarem parte de seus vencimentos aos vereadores. Algumas vítimas teriam alegado que ficaram endividadas por conta da prática e por chegarem a ser coagidas a fazerem empréstimos.
Um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas também está sendo apurado. Caso seja provada a prática criminosa, o dano ao erário superior pode chegar a R$ 10 milhões.
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