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Streptococcus: entenda o que são as bactérias investigadas em mortes de crianças em São João del Rei

O infectologista Marcos Moura explicou sobre as bactérias Streptococcus pyogenes e a Streptococcus sp. alfa-hemolítico, relatadas em nota técnica da Prefeitura. Três crianças morreram com sintomas parecidos.


A morte de três crianças e a internação de outras quatro com sintomas de infecção bacteriana em São João del Rei tem causado apreensão em muitos pais não apenas da cidade.


O infectologista Marcos Moura explicou sobre as bactérias investigadas pela Secretaria Municipal de Saúde e Fundação Ezequiel Dias (Funed): a Streptococcus pyogenes e a Streptococcus sp. alfa-hemolítico.


Ele explicou que o gênero Streptococcus é dividido em cadeias, sendo a Streptococcus pyogenes pertencente ao grupo A e a Streptococcus sp. alfa-hemolítico ao grupo alfa.


STREPTOCOCCUS SP. ALFA-HEMOLÍTICO


Conforme o especialista, o grupo alfa é composto por várias bactérias, que podem causar desde infecção urinária até endocardite. Apesar de não ser o mais comum, sem o tratamento adequado, pode gerar aspecto sistêmico grave.


"Nesse grupo tem desde bactérias relacionadas a animais, como o enterococcus, temos também bactérias do leite e, claro, as humanas", disse.


Sobre o tratamento, o médico disse que é feito a base de penicilina, com exceção das formas mais graves, que só o antibiótico não resolve.


STREPTOCOCCUS PYOGENES


De acordo com o infectologista, trata-se de uma bactéria comum, de fácil contágio e dificilmente letal. Se diagnosticada rapidamente, pode ser tratada.


A transmissão acontece por inalação de gotículas de secreções do nariz ou da garganta que são dispersas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra.


Outra forma de contágio é o contato com feridas ou úlceras infectadas na pele. Entre os principais sintomas estão:


amidalite;

febre;

dor no corpo;

náuseas e vômitos;

infecções de pele;


O médico explicou ainda que há uma variação no período entre o contato da pessoa com a bactéria e o início dos sintomas, sendo que em alguns casos pode nem mesmo haver infecção, pois ela depende da condição de saúde do indivíduo.


"É uma incubação. A princípio, a infecção é uma permissividade do hospedeiro, porque ela coloniza e pode não infectar, mas aí é uma infecção, se for ativa, entre 24 e 72 horas os sintomas se manifestam, leves e que depois vão piorando".


Em relação ao tratamento, dependendo do caso, pode ser feito com dose única de penicilina. No entanto, devido à semelhança dos sintomas com outras doenças, o médico reforça o perigo da automedicação.


Por Fellype Alberto e Victória Jenz, g1 Zona da Mata — São João del Rei

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