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Semana Decisiva


Contra tudo e contra todos, a agenda econômica do Governo chega à sua semana decisiva, com a realização dos leilões do Pré sal, no próximo dia 08. Para se obter o melhor resultado para os bônus e atrair as melhores empresas, a equipe econômica seguiu uma estratégia que produziu o melhor cenário possível para o Leilão. Com a aprovação da Reforma da Previdência, a questão fiscal brasileira aponta para um cenário de maior controle, com isso o Risco Brasil caiu para 117 pontos, o menor patamar desde 2013, assim os leilões aconteceram num cenário de estabilidade e segurança muito maior e melhor do que os anteriores. Nesse mesmo período, o custo de extração da Petrobrás caiu em torno de 30%, tornando a empresa mais competitiva e oferecendo um padrão de custo mais baixo para a exploração do Pré sal. Essa redução se deve, em grande parte, à eliminação das propinas nas contratações da empresa. Outro fator importante foi a ação profissional da Marinha e da Polícia Federal, na identificação do navio que jogou petróleo ao largo do nosso litoral. Essa ação mostrou ao mundo a capacidade técnica brasileira para lidar com acidentes deste tipo. Isso deixa as empresas concorrentes mais seguras de não serem envolvidas em sabotagens ou outro tipo de ação da concorrência. Os leilões, ocorrendo dentro do que se espera, significarão a reativação da indústria do petróleo no Brasil, dessa vez mais protegida da ação política como no passado. Se prevê que, em cinco anos, o Brasil estará entre os dez maiores produtores de petróleo no mundo. Essa situação preocupa aos demais players que verão o seu poder de manipulação do mercado bastante diminuído. Nesse cenário, a Venezuela ficará irrelevante dado que, mesmo com imensas reservas a sua capacidade de produção vem caindo ano a ano, assim, a entrada do Brasil diminui drasticamente a sua importância geopolítica. Com um novo produtor de peso as manobras de preços, praticadas principalmente pelos países árabes também serão dificultadas. Resumindo, ninguém quer um concorrente como o Brasil, mas para a nossa economia, esse pode ser o início mais robusto da sua recuperação.

Ainda nessa semana, se espera o término do julgamento pelo Supremo, sobre a prisão em segunda instância. Todos os indicativos apontam para uma decisão favorável aos milhares de corruptos presos e processados pela Lavajato. Prevalecendo esse cenário também irão para a rua traficantes, assassinos, estelionatários pedófilos e abusadores de mulheres num cenário que poderá atingir quase cento e oitenta mil encarcerados de vários tipos, além de impedir a prisão de outros tantos com processos em andamento. Obviamente, a população esperará uma solução do Governo e do Congresso, que dificilmente virá. A insatisfação popular deverá colocar em xeque a eficiência do nosso modelo democrático, incentivando o aparecimento de soluções de força, como ocorreu no nosso vizinho Peru, que dissolveu o Congresso e parte do Judiciário. O Supremo, a meu ver, está prestes a piorar bem, o já péssimo ambiente político brasileiro. É um cenário preocupante, até pela falta de moderadores na condução dos embates políticos. A oposição, liderada pelo PT, faz tudo o que pode para denegrir e levantar suspeição sobre todos os atos do Governo. O Presidente trouxe a si a sua própria defesa e antagonizou ainda mais o ambiente político. Ações da mídia, que beiram a irresponsabilidade, fizeram diminuir mais ainda a credibilidade do setor de comunicação. As redes sociais se tornaram um ambiente irrespirável, posso dizer, pior do que aquele às vésperas da eleição presidencial. A esquerda acha que poderá voltar às ruas, inspirada nos recentes acontecimentos no Chile, esquecendo que a nossa sociedade ainda está tremendamente antagonizada, num ambiente onde não se pode descartar a possibilidade de conflitos mais sérios.

No meio de tudo isso, o ex-quase embaixador do Brasil em Washington resolveu tergiversar sobre a sua visão histórica do AI-5. Foi um desastre, uma visão simplista de um instrumento de força, que causou a perda do apoio popular aos militares. Durou dez anos e foi a grande bandeira da oposição na redemocratização do país. Pois na visão desse rapaz, a ressuscitação desse mostrengo pode ser solução para alguma coisa num sistema democrático. Francamente, muito ajuda quem não atrapalha.

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