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Perspectivas 2020

  • jornalzonadamataon
  • 15 de ago. de 2021
  • 3 min de leitura

Nesse último artigo de 2019 eu pensei em fazer uma retrospectiva do ano, mas pensei melhor não impor a mim e a meus leitores reviver um ano tão tumultuado e bizarro como foi esse que termina. Achei melhor olhar para frente e tentar ver os caminhos que poderemos trilhar.

A economia finalmente reagiu e trouxe ótimas notícias para os brasileiros, geração de um milhão de novos empregos, crescimento acelerando, taxas de inflação e juros e juros em patamares nunca vistos. Foi um ano só de alegrias e nada indica que esse cenário mude para 2020, a não ser alguma mudança brusca no cenário internacional ou uma forte crise política interna. Se não houver surpresas o Governo apostará na privatização do setor de infraestrutura, tendo como carro chefe a mudança do marco regulatórios do saneamento básico. Se esperam resultados melhores do que os frustrantes leilões para exploração do petróleo. O governo, ainda mergulhado numa crise fiscal sem solução de curto prazo, aposta na iniciativa privada para a reativação da atividade econômica. Como aconteceu em 2019 a economia cresceu apesar do peso do Estado e deve continuar sendo assim em 2020. Há um ambiente de euforia no mercado financeiro com a Bolsa de Valores batendo recordes praticamente toda semana. Com a taxa de juros muito baixa, a renda fixa deixou de ser atrativa e o dinheiro foi canalizado para a renda variável. A valorização das ações na Bolsa está se dando independente dos lucros gerados pelas empresas, ou seja, o valor das empresas está crescendo muito mais do que os seus rendimentos. Nesse cenário eu recomendaria menos euforia e mais cautela.

O próximo ano tem eleições e o resultado delas, fatalmente, indicará a visão do brasileiro quanto ao Governo e suas políticas. 2020 será o ano em que o brasileiro se posicionará com relação às mudanças produzidas pela eleição de 2018. Tem muita gente com as barbas de molho, dentro e fora do Governo. A população, de maneira geral, está insatisfeita com a classe política. A embromação para a resolver a questão da prisão em segunda instância, as muitas tentativas de dificultar o combate à corrupção tem irritado e pode produzir surpresas nas urnas. A população anda perplexa inclusive, com o próprio Governo, a reação negativa pela manutenção do Juiz de Garantias surpreendeu o Palácio do Planalto. Essa invenção do PSOL, que o Presidente estranhamente não vetou, virou a polêmica desse fim de ano e um desgaste inesperado para o Presidente. Se para o Governo não está fácil, para a oposição a coisa também está complicada. Depois de muito contorcionismo jurídico o ex-Presidente Lula foi solto e achava que seria levado nos braços do povo, mas quando ele dá sorte a população o trata com indiferença, mas a a agressividade tem sido a regra. Assim, a grande liderança da oposição virou uma miragem política e não se vislumbra alguém que o suceda. Resumindo, o ambiente está carregado e muitas surpresas surgirão. A política tradicional enfrentará dias adversos em 2020.

A segurança pública deu ótimos resultados. A criminalidade diminuiu expressivamente com quedas em torno de 20% nas suas diversas modalidades. Políticas duras de combate ao crime organizado tem produzido resultados vistosos. O endurecimento contra o crime vem se consolidando como uma marca desse governo e o Ministro da Justiça se mantém como o mais bem avaliado membro do Governo, muito melhor que o próprio Presidente. Isso preocupa, mas o Ministro Moro, ao que parece, não se encanta pelo poder, o negócio dele são os resultados e ao que parece continuará obstinadamente na mesma linha. O setor de Turismo surpreendeu e abre ótimas perspectivas para o futuro Agricultura só nos dá alegria, apesar do preço da carne, e todos esperam que assim continue.

Agora temos as áreas cinzentas, a Educação produziu muita polêmica e escassos resultados, temos um Ministro que não dialoga com o segmento, se for trocado pode ser que venham mudanças, caso contrário será mais do mesmo. Na área de relações exteriores a inabilidade virou nossa marca, perdemos a narrativa ambiental, não conseguimos firmar posição nem na América Latina, essa visão de mundo dificilmente sofrerá alterações e a bateção de cabeça deverá continuar.

Um bom 2020 para todos nós, com progresso e mais fraternidade entre os brasileiros.

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