O nome dele é MORO
A semana começa com o Presidente em visita `Índia e com o Ministro da Justiça mais forte do que nunca, frente à opinião pública. O Ministro Moro vai se consolidando como uma liderança forte, tecnicamente capaz, inteligente e com uma vida privada insuspeita. Contra ele já se levantaram forças terríveis, teve seu celular hackeado, foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça várias vezes, o Ministro Gilmar Mendes comanda uma verdadeira operação de difamação contra ele e contra as Leis de combate à corrupção. A banda podre da política brasileira opera para miná-lo dia após dia, já lhe tiraram o COAF e agora tentaram tirar a segurança pública das suas mãos. O Congresso por sua vez, não perdeu uma única oportunidade de criar embaraços à ação da justiça, surgiram a Lei de Abuso de Autoridade e o Juiz de Garantias, entre outras iniciativas. Quanto mais ele é atacado, mais forte ele fica. Nessa última operação, para fatiar o seu Ministério a reação nas redes sociais foi tão grande que o Presidente tratou de sepultar o assunto.
O Ministro Moro é um homem incomum, nas suas funções ele faz o que tem que ser feito e com competência, não finge que faz, ele realmente faz. Como Juiz, contra tudo e todos, colocou um ex-Presidente na cadeia e outras figuras notáveis da República. Como Ministro quebrou a perna do Crime Organizado ao espalhar suas lideranças em presídios de Segurança Máxima, Brasil afora, e os muda constantemente de prisão. Apreendeu e vendeu os bens do crime em quantidades e velocidades nunca vistas, com esse dinheiro aparelhou a Polícia Federal, as apreensões de drogas e contrabando foram feitas em quantidades nunca vistas. Sem dinheiro e lideranças o crime refluiu em todo o país e em todas as suas vertentes. E estamos falando de redução na ordem de 20 a 25%. O único crime que aumentou foi o de agressão às mulheres, mostrando o aumento de um comportamento machista na sociedade brasileira que exige mais reflexão das famílias e ação da polícia.
Todo mundo tem medo do Moro no Supremo, imagine ele abrindo aqueles armários entupidos de processos parados, a maioria deles envolvendo ricos e poderosos. Imaginem vocês que, enquanto ele em Curitiba mandou meio mundo para a cadeia, no mesmo período o Supremo, com onze juízes, não julgou ninguém. Corre um calafrio na espinha de muita gente em Brasília, só de pensar nele trabalhando no Supremo, sim porque, como dissemos, ao contrário dos demais ele trabalha, não finge que trabalha e não tem nada mais perigoso que um Juiz operante, destemido e sem rabo preso com ninguém.
Em setembro abre uma vaga no Supremo e vai ser a hora do Presidente Bolsonaro tomar, a que talvez seja, a sua mais difícil decisão. Nomear ou não Sérgio Moro para o Supremo. A sociedade brasileira torce por isso, seria o início do desaparelhamento petista da Suprema Corte, mas o mundo em torno do Presidente morre de medo disso, pois ninguém se ninguém o controla como Ministro, imaginem como Juiz da mais alta instância do judiciário brasileiro.
Dessa escolha em setembro, temos dois cenários, o Presidente indica Moro para o Supremo, agrada a população e fatura em cima dessa indicação e se coloca ao lado das suas ações na Suprema corte, ou não o indica, alegando que o Brasil precisa dele como Ministro, contraria a opinião pública e pode ficar numa posição de não ter cumprido a promessa feita. O que pode vir daí é o enfraquecimento da sua imagem de luta contra a corrupção. Pode surgir daí a possibilidade do Moro se sentir tentado a ingressar no meio político. A meu ver tudo dependerá da economia. Se o otimismo do final do ano se tornar realidade, o Presidente se fortalece e a indicação do Moro para o Supremo pode melhorar ainda mais a sua imagem, o que o tornaria a solução natural para 2022. Caso contrário, o seu desgaste será inevitável e a presença de um subordinado mais bem avaliado que ele, pode se tornar insuportável para o Presidente e o bando de Ogros que orbitam à sua volta.
A economia ao que tudo indica segue bem. A produção de Petróleo é a maior de nossa história e já estamos produzindo mais que a Venezuela. As contas públicas ainda são um grande desafio, mas a fase de descontrole total já foi superada. Se economia crescer esse problema diminui proporcionalmente. O ambiente é animador, mas vamos com cautela, pois em se tratando de economia, dependemos também do que acontece no mundo e tem sempre um Aiatolá doido para lançar uns misseis por aí.
Vamos torcer pelo melhor.
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