Minas recebeu mais de R$ 18 bi em investimentos de janeiro a setembro de 2020
Mesmo em meio à pandemia, houve aumento de 22% nos aportes em relação ao mesmo período de 2019 e geração de 14.511 empregos
O Governo de Minas, por meio da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), intermediou a aplicação de mais de R$ 18 bilhões em investimentos no estado, no acumulado de janeiro a setembro de 2020. Ao todo, foram realizadas 99 operações, que geraram 14.511 empregos diretos.
O balanço dos três primeiros trimestres do ano revela que os principais aportes foram feitos por empresas do ramo de mineração, construção civil, geração de energia, agricultura e pecuária. Na comparação com o mesmo período de 2019, houve um incremento de 22% no montante aplicado no estado, quando os investimentos somaram R$ 14.781.859. Na mesma base de comparação, a geração de empregos teve um salto de 171%, passando de 5.359 para 14.511 neste ano. Os números mostram que, mesmo no período de crise econômica mundial provocado pela pandemia da covid-19, os esforços do Governo de Minas para simplificar a vida de quem quer investir e dar oportunidade de trabalho estão dando resultados.
“Gerar empregos é nossa prioridade. Nos primeiros nove meses deste ano, conseguimos atrair para Minas R$ 18 bilhões em investimentos. Isto significa que mais de 14 mil empregos diretos foram criados. E isso é apenas uma parte do que aconteceu no estado. Até o momento, Minas é o estado que tem a menor taxa de óbitos por covid.
E nós queremos ser o estado que primeiro vai reativar a economia e que mais vai criar empregos”, disse o governador.
Estimativa Mesmo com as incertezas no mercado financeiro causadas pela pandemia, estratégias adotadas pelo Governo de Minas e pelo Indi fizeram com que fosse mantida a estimativa de que o estado receba aportes de R$ 30 bilhões até dezembro de 2020.
De acordo com o presidente do Indi, Thiago Toscano, isso foi possível graças à percepção da agência de promover mudanças estratégicas de atuação durante a pandemia, priorizando segmentos que não tinham tendência de retração. “É claro que, no início, houve um impacto de modo geral. No entanto, quando percebemos isso, estabelecemos diretrizes que nos permitiram focar em setores como os de alimentação e mineração - áreas que continuaram trazendo excelentes resultados”, observou.
Conforme Toscano, esse resultado positivo decorre também da melhoria do ambiente de negócios em Minas Gerais, aliada a uma visão de mercados a médio e longo prazos.
“Temos um governo que é focado no desenvolvimento econômico. Ou seja, em descomplicar a vida de quem quer investir. Basta observar que, mesmo com um ambiente externo em crise, conseguimos manter as previsões de investimentos”, explicou.
Outro aspecto ressaltado por Toscano é a governança de atração de investimentos do Estado. “Hoje, a Secretaria de Fazenda também tem um olhar desenvolvimentista.
Trabalhamos muito próximos dela. Os órgãos do governo estão alinhados com o Indi em suas metas e objetivos”, disse.
Cases Para ilustrar, Toscano cita como exemplo o aporte de aproximadamente R$ 150 milhões que a canadense McCain fez em Araxá, no Alto Paranaíba, inaugurando a sua primeira fábrica no Brasil. A empresa, voltada para produção de batata pré-frita congelada, mira atender à crescente demanda interna, levando em consideração que, atualmente, 100% desse tipo de produto é importado. “Pela natureza e pelo pioneirismo do negócio, esse é um investimento que agrega imenso valor à cadeia produtiva nacional”, analisa o presidente do Indi.
Outro caso citado por ele é o da Libbs Farmacêutica. A empresa aplicou R$ 13 milhões em um centro logístico em Varginha, no Sul de Minas. “Esses são apenas alguns exemplos para mostrar que esse trabalho, além da geração de milhares de empregos, impacta diretamente no caixa do Estado, melhorando a arrecadação mineira”, afirma.
Além de diversas vantagens logísticas devido à sua privilegiada localização geográfica, entre os incentivos que as empresas têm para vir para Minas Gerais é possível citar a adoção de tratamentos tributários inteligentes, visando uma relação na qual se beneficiam tanto o Estado, quanto a empresa e, claro, o cidadão.
Reconhecimento Os resultados obtidos estão gerando reconhecimento também fora do país. A International Business Magazine, revista gerida pelo The Winner Institute, com sede em Dubai, reconheceu o Indi como a melhor agência de promoção de investimentos do Brasil em 2020.
A premiação, realizada em março, é considerada como um encontro de personalidades e empresários com maior êxito em suas atividades, de todas as partes do mundo.
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