Fotógrafo mineiro produz fotos incríveis com a lua e dá dicas para o ‘clique perfeito’
Em um minucioso e criativo processo de sobreposição de imagens, o mineiro Daniel Antoniol, natural de Cataguases, tem chamado atenção nas redes sociais transformando sua paixão por fotografar a lua em cliques incríveis.
Nas montagens, ela é colocada dentro da mochila, no porta-malas do carro, passeia por carrinho de mão, é regada e usado até mesmo como equipamento de alongamento.
Engenheiro civil de formação e fotógrafo nas horas vagas, o ‘lunático’ – aficionado por céu, estrelas e cosmos - une as duas habilidades ao fazer parecer simples a arte de encontrar boas perspectivas geométricas para as fotos.
Relação amadurecida durante a pandemia
Durante a pandemia, Daniel deixou o Rio de Janeiro, onde mora desde 2018, para voltar ao refúgio da família, em uma chácara de Cataguases.
“Fechei meu apartamento no Rio e, durante um ano e meio, fiquei trabalhando em home office. Aqui surge o meu encontro com um novo hobby. Como a fotografia sempre foi uma paixão na minha vida, surgiu a ideia de aliá-la a outra paixão, que é a lua”, explica.
Segundo ele, o processo é feito totalmente individual e autoral. “Por incrível que pareça, tenho uma preferência em fazer tudo sozinho. Faço as fotos utilizando tripés e temporizadores, espelhando as imagens na tela do celular para que consiga me posicionar exatamente como pensei para as fotos”, diz ele, responsável também por toda a parte de pós-tratamento.
“Faço praticamente tudo usando o celular e aplicativos para edição de fotos”.
Deixar a imaginação trabalhar
Perguntando sobre as dicas para chegar à foto perfeita, Daniel diz que o processo de composição da cena é o que demanda mais tempo.
A dica? Deixar a imaginação trabalhar.
“Eu gosto de sair andando pela natureza, pela chácara, olhando cenários, objetos diferentes, e as ideias vão surgindo. Também busco inspiração em composições na internet. O segredo é deixar a imaginação trabalhar, se conectar com a natureza. A inspiração acaba vindo”.
Outra dica é buscar se afastar de ambientes com muita luz. “Esse é um ponto importantíssimo. A fotografia de céu noturno exige que a gente esteja em um local afastado de grandes centros urbanos, pois a iluminação da cidade atrapalha – e muito – a fotografia do céu e dos objetos celestes”, explica ele, que se diz privilegiado por ter o ambiente rural da casa dos pais.
Embora utilize câmera semiprofissional e lentes de zoom, ele não credita a qualidade das imagens diretamente aos equipamentos.
O mais importante, na avaliação dele, é o olhar.
“Acho que o mais importante não são equipamentos, não é paisagem. Tudo começa com um bom olhar. Digo que às vezes a gente “captura” fotos lindas só com os olhos”.
“Se você quer e tem muita vontade de começar a eternizar o que seus olhos veem, comece a investir em uma câmera mais modesta - pode ser até um celular com uma boa câmera -, estude sobre as configurações de luminosidade e outras ferramentas da câmera”.
Na avaliação dele, alguns equipamentos extras, como um bom tripé para estabilização e um temporizador, são importantes, mas sem abrir mão da conexão com a natureza. “O mais importante é soltar a imaginação e se inspirar. A natureza pode te ajudar muito nisso”.
Fonte: G1 Zona da Mata
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