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Estupidez em Rede Nacional


A mídia e as redes sociais estão discutindo, há dias, o discurso do ex-Secretário de Cultura, que plagiou uma fala do Ministro da Propaganda de Hitler, sobre a nova cultura alemã. Não tenho lembrança de uma estupidez, de tal magnitude, protagonizada por um ocupante de cargo público, de relevância nacional. A indignação com o discurso foi grande e justificada, afinal deixamos o sangue dos nossos Pracinhas lutando contra o nazismo, em nenhuma hipótese, podemos desonrar a memória e o sacrifícios de nossos heróis. Acho que essa questão devia parar aí, não vejo sentido na discussão em torno do conteúdo e implicações dessa fala infeliz, até porque, em se tratando de autoritarismo, o problema não está nos discursos e sim na obra por trás deles.


Os discursos nazistas falam do soerguimento de uma Alemanha humilhada e derrotada na primeira guerra mundial, fala do resgate da glória alemã, da força de seu povo, a reconquista de seu lugar no mundo, até aí não há o que criticar, o problema é que escudados por esse discurso nacionalista, se consolidou um dos regimes mais sanguinários da história europeia. Em busca da glória alemã, devastou a Europa, transformou a morte de desafetos em indústria, até ser derrotado. Finda a guerra os aliados obrigaram os alemães a visitar os campos de concentração, os fornos crematórios e as valas de execução coletiva. O povo alemão, acreditando nos discursos patriotas, não tinham ideia do que eles encobriam.


Se formos observar os discursos do Lenin e do Stalin vamos encontrar o resgate da mãe Rússia, o fim da tirania, a igualdade para todos os homens. Quem poderia discordar disso? Mas se deixarmos o discurso de lado vamos ver um genocídio maior que o nazista, num regime em que discordar do governo era crime de morte, cuja sentença atingia também a família do condenado. O povo russo levou mais de setenta anos para se livrar desse regime e até hoje não se tem a correta extensão dos seus crimes contra o seu próprio povo.


Os exemplos são vários, se quisermos algo mais perto podemos falar de Cuba e a sua revolução, que inicialmente teve apoio de todo o mundo e hoje é uma ilha presídio num regime tão exótico quanto a Coréia do Norte. Se recordarmos os grandes discursos do Fidel, lá estarão palavras que motivaram muitas gerações de sonhadores, igualdade para todos os homens, fim da opressão imperialista, construção de uma utopia de igualdade, mas se olharmos o resultado o que vemos é uma ilha que proíbe a pesca para evitar que as pessoas fujam de lá nos barcos.


Voltando à nossa realidade vamos analisar os discursos do PT, que todos temos na memória, lá está o fim da miséria e da fome, a diminuição da desigualdade entre os brasileiros, o crescimento da nossa economia, o Brasil entre as grandes potências do mundo, liderança regional e vai por aí, por muito tempo isso foi música para os ouvidos dos sofridos brasileiros. Mas se olharmos a obra por trás do discurso o que vivemos foi a maior recessão da nossa história, milhões de desempregados, falência do Estado, estatais saqueadas, privilégios para os amigos e financiadores do partido, aparelhamento do Estado, em todos os níveis e segmentos e muito mais até onde a vista alcança. Por isso não me importo muito com discursos, eu presto atenção nas obras atrás deles.


Sendo honesto, eu quando ouço os discurso e falas do Bolsonaro, costumo ficar arrepiado, pela tosquice e falta de tato ao se comunicar. Mas isso não me preocupa, tem quem goste e aplauda, o arrepio é problema meu. Entretanto, quando olho o seu governo eu gosto do que vejo, inflação baixa, mostrando que o governo controla seu gastos, desemprego diminuindo, isso diminui o sofrimento de nossas família, a economia crescendo, sem a mão do Estado, o dinheiro especulativo saiu do país, mas o dinheiro estrangeiro está voltando para investimentos produtivos, fomos o quarto país no mundo em investimentos desse tipo. A dívida pública parou de crescer, o BNDES vai focar os seus recursos em saneamento básico e não mais em obras no exterior. O governo já mandou ao Congresso reformas importantes, para a nossa modernização administrativa e fiscal. Se serão votadas eu não sei, porque desse Congresso só sai coisas que me aborrecem, como Lei de abuso de autoridade, Juiz de Garantias, Fundão Eleitoral, só para citar alguns. No aspecto legal eu acho que estamos piorando o Congresso e o Supremo estão garantindo a impunidade de bandidos de grosso calibre, a operação Lavajato está sob constante ataque e a posição dúbia do Presidente quanto a isso também me aborrece, enfim, como tudo na vida tem os prós e os contras.


Agora temos nomeação da Regina Duarte para a Secretaria de Cultura, a atriz resolveu abandonar os palcos do teatro e da tv e se arriscar no palco da política. Na situação atual, se não fizer nada, ficar só acenando e sorrindo, já vai ser um grande ganho.

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