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Então É Natal . . .


Entramos na semana de Natal e do final do Ano, todo mundo preocupado com a ceia, a chegada dos parentes e a viagem da família. Uma pausa num ano mais movimentado que montanha russa, teve de um tudo que alguém possa imaginar. Enfim estamos terminando 2019. Evitem discutir política na ceia de Natal e no Ano Novo evitem também dirigirem bêbado, quem sabe assim começamos 2020 com uma perspectiva de maior serenidade.

2019 termina com deixando perspectiva de melhoras econômicas, bastante razoáveis, devemos chegar a um milhão de novos empregos, a menor taxa de juros da história, é o primeiro ano, em uma década, que a dívida pública não cresceu, podendo até registrar uma leve queda, tanto em valor nominal quanto em porcentagem do PIB, as contas públicas tiveram o menor déficit dos últimos cinco anos e o crescimento do PIB surpreendeu para mais, mostrando uma reação mais forte da economia. Esses resultados são frutos de um governo responsável na condução das políticas públicas e no controle do orçamento. É o mínimo que se espera de um governo, mas no Brasil de tanta irresponsabilidade, na condução da coisa pública, o óbvio virou motivo de comemoração. Para fechar o ano o Governo extinguiu mais 27.000 cargos nos Ministérios, onde tinha de tudo, de discotecários, mateiros e outras excentricidades. E o BNDES está vendendo suas participações acionárias em grandes empresas para se capitalizar e poder financiar a expansão das empresas de água e esgoto a serem privatizadas em 2020, conforme alteração do marco regulatório do setor. Num país com 40% da sua população sem água tratada, isso é uma excelente notícia.

Se na economia as coisas vão se acertando, na política fica difícil fazer previsões para 2020, um ano eleitoral onde ninguém sabe ao certo como está a cabeça do eleitor, em relação aos políticos mais próximos a ele. Prefeitos e Vereadores estão indo para as urnas sem propostas concretas para a vida do cidadão, cada vez mais descrente da classe política. No âmbito municipal a situação é muito mais de decepção do que de descrença. De norte a sul o que temos são Prefeituras entupidas de servidores e sem nenhuma capacidade de investimento na melhoria das suas comunidades. As Prefeituras hoje parecem aquelas casas antigas enormes, com três empregados antigos para a sua manutenção, onde o proprietário não tem mais dinheiro para o material de limpeza nem para a cozinha funcionar. Com as exceções de praxe, a população não tem nenhuma obra a citar em suas cidades, só reformas cosméticas de alguma praça ou logradouro, inaugurações de coisas já existentes com outros nomes. Em algumas cidades, a mediocridade é tamanha, que o dia do pagamento da Prefeitura virou manchete de jornal, assim como conserto de buraco na rua ou troca de lâmpada em poste. Nesse panorama, não se sabe se o eleitor vai optar por mudanças radicais, como ocorreu na eleição Presidencial, ou se vai partir para a escolha do menos ruim entre os personagens de sempre. Fazer previsão política no Brasil é coisa de altíssimo risco, mas olhando as pesquisas por região, é provável que se tenha mudanças e renovações mais drásticas nas cidades mais desenvolvidas e menos nas cidades economicamente mais frágeis e dependentes. Da mesma forma que a retomada do crescimento econômico onde Sul, Sudeste e Centro Oeste puxam o crescimento tendo o Norte e Nordeste crescendo menos que o resto do País. A meu ver a renovação deverá se dar seguindo a mesma lógica econômica. A situação das Prefeituras, Brasil afora, é tremendamente desigual, no Piauí, Maranhão e Paraíba 80% das Prefeituras não tem receita própria para se sustentarem, vivendo quase exclusivamente das transferência dos Estados e da União, Em Minas Gerais temos 32% dos municípios nessa situação, em São Paulo são 3% e em Santa Catarina tem apenas 0,3% de seus municípios nessa situação, sendo o Estado campeão da sustentabilidade municipal. O nosso raciocínio para as eleições de 2020 se baseia no fato de que municípios dependentes financeiramente são menos propensos a mudanças políticas. Outras coisas, entretanto, são mais fáceis de prever, a história da rachadinha do Queirós continuará a ocupar mais espaço na mídia que a fortuna do Lulinha, ninguém vai descobrir quem matou Marielle, que permanecerá insepulta a serviço da esquerda. Da mesma forma que o nome de quem paga os advogados do Adélio continuará protegido por sigilo profissional. O STF continuará a soltar bandidos tão logo sejam presos e o Maia e o Alcolumbre vão atrasar o que puderem a questão da prisão em segunda instância, até que consigam descaracterizá-la, assim como fizeram com o Pacote anticrime do Moro. Nem tudo está perdido, em ano eleitoral o Congresso funciona menos e isso sim é uma ótima notícia.

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