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‘Caça Tempestades’: Grupo Energisa debate mudança climática com Ernesto Paglia

  • jornalzonadamataon
  • há 3 minutos
  • 4 min de leitura

Série documental exibida no History Channel é apresentada por jornalista e diretora em sessão especial em Cataguases 

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A força dos temporais na Amazônia impõe desafios únicos à transmissão de energia elétrica. É esse cenário que ganha destaque na série documental “Caça Tempestades Amazônia”, produzida pelo Grupo Storm, com roteiro e direção de Iara Cardoso. A produção, que teve uma versão reduzida apresentada no Fantástico e está disponível na íntegra no History Channel e no History 2, teve uma sessão especial de exibição nesta terça-feira, 16, em Cataguases, onde nasceu a Energisa, patrocinadora do filme. Também foi apresentado um spin-off, uma versão feita exclusivamente para a Energisa, como foco na atuação da empresa na Amazônia, onde o grupo atua na distribuição e na transmissão de energia elétrica.  

 

Apresentada por Ernesto Paglia e pelo cientista Osmar Pinto Júnior, a série de quatro episódios acompanha uma equipe de especialistas em uma expedição de 30 dias pela Amazônia em busca de tempestades em tempo real. O objetivo é investigar a ocorrência de super-raios e compreender como as mudanças climáticas afetam comunidades locais e ecossistemas da região. Para aprofundar essa vivência, o jornalista e a diretora da obra participaram de uma conversa com o diretor-presidente da Energisa Minas Rio, Eduardo Mantovani, com mediação do diretor técnico e comercial da distribuidora, Rodolfo Pinheiro. 

 

O documentário “Caça-Tempestades - Amazônia” foi indicado na categoria Melhor Documentário de Longa-Metragem no London International Film Festival, cuja cerimônia de premiação está prevista para março de 2026. A produção, que se conecta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e fortalece o debate climático em um momento estratégico, já percorre o circuito internacional de cinema: recebeu Menção Honrosa no Awareness Film Festival, em Los Angeles, e foi também indicada a Melhor Documentário no 37º Girona Film Festival, na Espanha – um dos eventos de referência entre os festivais europeus de cinema. 

 

Devido a uma combinação de fatores geográficos, climáticos e atmosféricos, a Amazônia é especialmente propensa a tempestades de raios e ventos intensos. As mudanças climáticas tendem a aumentar a frequência desses eventos, acentuando os desafios de levar energia para a população. A série aborda esses desafios e explora a conexão entre o desmatamento e a intensidade dos temporais. 

 

“O patrocínio ao projeto ‘Caça Tempestades’ reflete o compromisso do Grupo Energisa com o desenvolvimento e a valorização da Amazônia, que abriga a maior floresta tropical do mundo, é uma região essencial para o equilíbrio climático global e onde a companhia está presente”, afirma Mantovani. “E poder debater esse assunto com quem acompanhou de perto essa expedição é muito enriquecedor, permite uma troca de experiências e os desafios que enfrentamos na nossa área de concessão.” 

 

As altas temperaturas e a umidade que paira sobre a copa das árvores criam condições altamente favoráveis para a formação de tempestades e raios. E a Amazônia é o único lugar no Brasil onde os temporais ocorrem durante todo o ano, gerando cerca de 500 mil tempestades e 50 milhões de descargas atmosféricas registradas anualmente, tornando a floresta uma das principais chaminés de raios do mundo. 

 

Cerca de 15 milhões de descargas atmosféricas são registradas anualmente nas áreas de concessão da Energisa na Região Amazônica, segundo o Grupo Storm. “A rede elétrica está inserida em meio à floresta amazônica, tornando sua operação um desafio constante. As torres de transmissão, que se elevam acima da copa das árvores, são os pontos mais suscetíveis à incidência de raios”, destaca Mantovani, acrescentando que, em 2025, o Grupo Energisa investiu R$ 6,2 bilhões para garantir energia segura e confiável a todos, o que inclui ações para mitigar as consequências dos temporais. 

 

Quatro grandes caçadas 

 

Ao longo de toda a expedição, a equipe da série documental contou com tecnologia avançada, como drones e estações meteorológicas, para registrar os fenômenos naturais que moldam a Amazônia e permeiam a trajetória das pessoas, constituindo a cultura local.  

 

No primeiro episódio, “Caçada pelo ar”, a equipe chega à Amazônia com a missão de registrar um super-raio, fenômeno raro com mil vezes mais luz e energia que um raio comum. Em Manaus, o grupo registra um raio duplo, que toca o solo em dois pontos simultaneamente. Lá, a taxa de mortes por raios é cinco vezes maior que em São Paulo.  

 

Em “Caçada pelo rio”, a expedição segue pelo leito fluvial amazônico, onde ocorre a formação de fulguritos – estruturas de vidro criadas pela fusão da areia por raios de altíssima temperatura, que chegam a até 30 mil °C. Esse segundo episódio explora o Arquipélago de Anavilhanas, região com a maior densidade de raios do Brasil (68 raios/km²/ano), e investiga como rajadas intensas de vento são capazes de derrubar árvores.  

 

Em áreas urbanas como Manaus, o terceiro episódio, “Caçada pela cidade”, analisa o impacto das descargas elétricas sobre a vida humana, revelando que uma em cada quatro mortes por raios na Amazônia ocorre dentro de residências, uma taxa alarmante e superior à de outros países.  

 

Já no último episódio, “Caçada pela floresta”, a equipe se aprofunda na floresta amazônica, onde os temporais ocorrem durante todo o ano e mostra como os fenômenos climáticos moldam a cultura dos povos locais e como os super-raios e tempestades extremas afetam o equilíbrio climático global.  

 

 
 
 
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