Ato cívico abre comemorações do 168º aniversário de Leopoldina
- jornalzonadamataon
- 26 de abr. de 2022
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Um Ato Cívico marcado para as 09 horas da manhã desta quarta-feira, 27 de abril, abrirá as comemorações do dia do 168º Aniversário de Leopoldina.
Logo após às 10:30h na Praça Félix Martins haverá uma apresentação da Banda Lira 1º de Maio com distribuição de algodão doce e pipocas.
Em seguida às 10.30h no Estádio Esporte Clube Ribeiro Junqueira dará início a I Supercopa Leopoldina de Futebol Amador.
Às 20:00h estará apresentando Violões Enluarados e logo em seguida o Grupo de Dança Pérola Negra.
A noite de aniversário da cidade termina com a apresentação do Serafins e Convidados a partir das nove horas.
Nesta mesma data, a administração municipal costuma entregar a população leopoldinense alguma benfeitoria realizada durante os primeiros meses do ano. O que não irá acontecer: nenhuma obra, nenhuma reforma.
ORIGENS
No final do século XVIII, a produção aurífera da Capitania de Minas Gerais entrou em decadência. Algumas famílias abandonaram as vilas do ouro, saindo em busca de terras férteis em outras regiões da capitania. Alcançaram as áreas proibidas de colonização, então conhecidas como Sertões do Leste, uma extensa faixa de Mata Atlântica que ia do Rio Paraibuna e do Caminho Novo até o Rio Doce. Posteriormente, essa região ficou conhecida como Zona da Mata.[14][15]
Em 1813, foram doadas as primeiras sesmarias no território do atual município, que à época pertencia ao termo de Barbacena,[16] Comarca do Rio das Mortes. No entanto, as mais antigas referências de moradores datam de 1824.[17] Os primeiros desbravadores fixaram-se com suas famílias às margens do Ribeirão Feijão Cru, onde um pouso de tropeiros começou a se desenvolver próximo a uma pequena capela de pau a pique erguida em 1831 pelos fazendeiros Francisco Pinheiro de Lacerda e Joaquim Ferreira Brito e dedicada a São Sebastião.[17][18]
Até a chegada dos primeiros sesmeiros, a região era habitada por índios puris. Os índios foram encarregados de alguns serviços como, por exemplo, derrubar a mata e colher a poaia, pelos quais eram pagos com cachaça. Os puris desapareceram por conta das doenças trazidas pelos desbravadores, como o sarampo, e por se retirarem para a província do Espírito Santo,[19] de forma que, em 1865, praticamente já não se encontravam índios na região.[20]
Em 1831 foi criado o distrito de São Sebastião do Feijão Cru, pertencente ao município de São Manuel do Pomba, atual Rio Pomba. O distrito foi transferido em 1851 para o município de Mar de Espanha, do qual se emancipou pela Lei Provincial n° 666 de 27 de abril de 1854, que criou o município de Vila Leopoldina.[17] A mesma lei transferiu para Leopoldina alguns distritos desmembrados do município do Presídio, atual Visconde do Rio Branco.[21] Por essa época, o território do município abrigava uma população de 23.000 habitantes.[22]
A formação da vila começou em torno da Praça do Rosário, a partir da qual saíam as ruas do Rosário (atual Rua Tiradentes), Direita (atual Rua Gabriel Magalhães) e Riachuelo (atual Rua Joaquim Ferreira Brito), as quais constituem os logradouros mais antigos da cidade.[23]
O CICLO DO CAFÉ
A cafeicultura desenvolvida na província do Rio de Janeiro atravessou o rio Paraíba do Sul e avançou na Zona da Mata pelos vales dos rios Paraibuna, Pirapetinga e Pomba, desencadeando rápido crescimento da região na segunda metade do século XIX. A Vila Leopoldina foi elevada à categoria de cidade pela Lei Provincial n° 1116 de 16 de outubro de 1861.[24] Por essa época, já havia na cidade ensino de Latim e de Francês. Em 1872, Leopoldina passou a ser sede de comarca, pela Lei Provincial n° 1867.[16]
O município também foi beneficiado pela construção da Estrada de Ferro Leopoldina, cujos trilhos alcançaram a cidade em 1877. Pela ferrovia, realizava-se o comércio com o Rio de Janeiro, capital do Império. Em 1879, fundou-se o primeiro jornal do município, denominado Leopoldinense. Em abril de 1881, Leopoldina recebeu a visita do Imperador D. Pedro II.[16]
Em 1883, o município chegou a apresentar a segunda maior população de escravos da província de Minas Gerais, atrás apenas de Juiz de Fora.[16] Entre a última década do século XIX e a primeira do século XX, imigrantes europeus chegaram a Leopoldina para o trabalho na lavoura de café. Na cidade, funcionou uma hospedaria de imigrantes até 1898. Em 1910, foi criada, no distrito de Tebas, a Colônia Constança[25] para imigrantes, principalmente italianos.
Em 2 de setembro de 1906, no distrito de Piacatuba, foi lançada a pedra fundamental da Usina Maurício, a primeira usina hidrelétrica construída na região, para aproveitar o potencial hidráulico da Cachoeira da Fumaça, no rio Novo. Dois anos depois, em 16 de julho de 1908, registrou-se a chegada da energia elétrica à cidade.[26] Também em 1906 foi fundado o Ginásio Leopoldinense, que a partir de 1912 passou a oferecer ensino técnico pela Escola Agrícola e ensino superior na Escola de Farmácia e Odontologia.[27] Entre 1911 e 1912, foram fundados na cidade o Banco Ribeiro Junqueira e a companhia construtora Zonna da Matta.[28][29] A crise do café no início do século XX, entretanto, provocou sérios abalos na economia da Zona da Mata e do município, que passou a se apoiar na pecuária leiteira e também no cultivo de arroz.
No período entre a República Velha e o Golpe Militar de 1964, algumas lideranças políticas de Leopoldina alcançaram projeção em Minas Gerais e no Brasil, como o senador Ribeiro Junqueira, o governador Clóvis Salgado e o presidente Carlos Luz. A Rodovia Rio-Bahia, inaugurada em 1963, beneficiou a industrialização do município e o fortaleceu como entroncamento de comunicações.[12]
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Emancipado de Mar de Espanha em 1854, o município foi instalado em 20 de janeiro de 1855 abrangendo nove distritos: Leopoldina (sede), Capivara, Conceição da Boa Vista, Laranjal, Madre de Deus do Angu, Nossa Senhora da Piedade, Bom Jesus do Rio Pardo, Santa Rita do Meia Pataca e São José do Paraíba. Desde então, novos distritos foram criados e outros foram emancipados para constituir os municípios de Cataguases, Além Paraíba e Recreio.[17] O último desmembramento ocorreu pela lei estadual n° 2764 de 1962, que emancipou o distrito de Rio Pardo para criar o município de Argirita.[12] Atualmente, o município é formado por seis distritos: Leopoldina, Abaíba, Piacatuba, Providência, Ribeiro Junqueira e Tebas.[10]
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Foto: Turismo em Minas
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