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Ambientalismo de Conveniência


Para quem acompanha a mídia nacional e internacional, fica-se com a impressão de que a Amazônia é uma espécie de fogão a gás, onde você liga e desliga as queimadas atendendo à vontade dos donos. Passado a grande gritaria em torno dessas queimadas o que vemos é a consolidação do uso político da questão ambiental, para atender interesses econômicos das grandes potências. Com essa justificativa ambiental a França conseguiu bloquear o acordo da União Europeia com o Mercosul e impor um veto à entrada do Brasil na OCDE. Os europeus e os americanos morrem de medo do agronegócio brasileiro, por uma razão muito simples, nós não temos inverno, assim, conseguimos duas safras por ano e se irrigar conseguimos três safras anuais, como está acontecendo no Vale do São Francisco. A agricultura temperada não tem como competir com a agricultura tropical. Então a maneira de nos combater é nos impingir a pecha de destruidores do meio ambiente e assim justificar as sanções e boicotes aos nossos produtos agrícolas. Quanto mais cresce e competitiva fica a nossa agricultura, mais a questão ambiental é jogada contra nós. Que na competição comercial internacional por mercados vale tudo, inclusive esse tipo de jogo sujo, todo mundo sabe, mas ver a mídia e a esquerda brasileira adotar a pauta Europeia e Americana é que é duro de engolir. Como pode um colonialismo cultural como esse? Como pode brasileiros ficarem contra o interesse nacional e se acharem progressistas? Inacreditável. O jogo é tão pesado, que até o Vaticano produziu um Sínodo da Amazônia para reforçar o discurso ambientalista europeu. Muito triste de ver a elite intelectual brasileira alinhada aos interesses colonialistas globais. Muito triste não ouvir das nossas caríssimas Universidades a defesa de nossos interesses. Quando pensamos que o colonialismo é coisa do passado vemos ele entranhado em nossa sociedade na defesa de interesses alheios aos nossos.

Desligado o fogo da Amazônia, surge no litoral brasileiro uma enorme quantidade de manchas de petróleo, de origem ignorada. Análises feitas pelos laboratórios da Petrobrás e pela Universidade Federal da Bahia apontam o petróleo derramado como sendo venezuelano. O governo brasileiro tenta agora identificar os responsáveis pelo derramamento criminoso. Não se ouviu até aqui nenhum apoio ao Governo de ONGS de defesa do meio ambiente e nenhum tipo de ajuda foi oferecido para esclarecer o ocorrido. Nesse meio tempo a Universidade Federal do Ceará levanta a hipótese de que esse petróleo possa ter se soltado de um navio alemão, afundado pelos americanos, durante a segunda guerra mundial. Essa incrível dedução se baseia no aparecimento de caixas de borrachas nas praias que se deduz se soltaram de algum naufrágio antigo. O problema dessa teoria é explicar o que um navio alemão, cheio de petróleo Venezuelano, estava fazendo no litoral de Pernambuco no início dos anos 1940. Lembrando que a PDVSA, a estatal Venezuelana de Petróleo, foi fundada em 1976. Francamente, é complicado imaginar pesquisadores de uma Universidade Federal chegar a uma teoria dessas, dói no nosso bolso, um estudo non sense como esse. Em termos de viagem, esse estudo da UFC só perde para a nota do Governo Venezuelano que declara que o petróleo oriundo de vazamentos dos seus poços não tem como chegar a Pernambuco. Claro que não, um vazamento desses emporcalharia o Caribe. A questão final é, se esse vazamento foi acidental ou proposital. É muita coincidência ele aparecer no meio da discussão ambiental da Amazônia e às vésperas do Leilão de áreas de exploração marítima do nosso petróleo. Como dizem os espanhóis, “Eu não acredito em bruxa, mas que elas existem, existem.”

A força dos lobbies ambientais pode ser medida pelo resultado do primeiro leilão do Présal, muito embora, o valor arrecadado tenha superado em quase três vezes a expectativa do Governo, nenhuma empresa se interessou pelas áreas com possibilidade de discussão ambientalista. Não houve nenhuma oferta pelas regiões próximas de Abrolhos e da foz do Amazonas. Se as grandes petroleiras preferiram pagar mais caro para ficarem longe das discussões sobre o meio ambiente é porque elas sabem que a coisa é grande e muito bem articulada.

O Brasil está nas cordas na questão ambiental, para inverter o jogo ele terá que se articular e partir para a contraofensiva, denunciar a emissão de carbono da energia oriunda da queima de combustível fóssil, sobretaxar a importação de produtos oriundos de energia suja, e colocar a criatividade para funcionar. Ocupar todos os fóruns internacionais para denunciar a emissão de carbono dos países ricos. Colocar a Boca no Trombone, se deixarmos a pauta ambientalista por conta do Senhor Macro, estamos ferrados, tudo que ele mais quer é todos nós de tanga trocando minério por espelhinhos. Sabe como é os europeus são muito saudosistas dos tempos das Colônias, tanto é que a França ainda mantém uma possessão na nossa fronteira.

Muitas Saudades.

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