Abastecimento e produção agropecuária seguem dentro da normalidade
Sistema da Agricultura de Minas Gerais está realizado o monitoramento semanal das atividades do setor
O abastecimento e a produção agropecuária e agroindustrial em Minas Gerais se manteve dentro da normalidade em quantidade e fluxo de produtos nos mercados locais, regionais e estadual. A avaliação positiva da conjuntura é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), que está realizando, em parceria com as instituições vinculadas (Emater-MG, Epamig e IMA), o monitoramento da atividade agropecuária no estado para identificar possíveis impactos no processo de produção e distribuição de alimentos, durante o período de enfrentamento da Covid-19.
O monitoramento acompanhou o desempenho da comercialização e abastecimento de vários gêneros alimentícios, insumos agropecuários; frutas e hortaliças comercializadas na CeasaMinas – entreposto da Grande BH; café, além do levantamento do abate de bovinos, aves e suínos. O período considerado para a análise mais recente foi o de 6 a 14 de abril.
Segundo a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, a divulgação do “Balanço da Situação da Produção e Abastecimento Agropecuário em Minas Gerais Frente à Crise do Coronavírus” será semanal. “O Sistema da Agricultura está monitorando as diversas cadeias produtivas na perspectiva de manter o fluxo regular da produção agropecuária e garantir o abastecimento para a sociedade”, explica.
Agricultura familiar
A Emater-MG realizou o levantamento das informações em 737 municípios que contam com a sua assistência técnica. “A metodologia utilizada para esse trabalho se baseou na aplicação semanal de questionário junto aos nossos técnicos para atender a demanda e a necessidade de monitoramento da sociedade e das instituições públicas, tanto do estado quanto dos municípios ”, explica o diretor-técnico Feliciano Nogueira.
De acordo com a empresa, a situação do comércio dos agricultores familiares varia de normal ao comprometimento médio em 76% dos municípios consultados. O mercado local, representado por supermercados, mercearias e sacolões, tem sido o principal canal de comercialização para esses agricultores, seguido das televendas em redes sociais com entrega em domicílio, modalidade que foi adotada em 50,2% dos municípios consultados. Abate de animais Segundo o diretor-técnico do IMA, Bruno Rocha de Melo, os dados do sistema de defesa agropecuária mostram que a situação das cadeias produtivas de proteína animal está dentro da normalidade. Conforme levantamento, foram abatidos 58.578 bovinos no período analisado. O abate de aves também segue dentro das expectativas e a análise do alojamento de animais para engorda (pintos de 1 dia) aponta para um cenário de normalidade nos próximos 45 dias. Ainda de acordo com a avaliação do IMA, não foram observadas mudanças significativas no trânsito de suínos destinados ao abate que indicassem risco momentâneo ao desabastecimento do produto. “A cadeia do leite requer um pouco mais de atenção, principalmente, os laticínios de menor porte, que estão com dificuldade de escoar seus produtos, o que reflete de alguma forma para o produtor”, pondera o diretor técnico do IMA.
Monitoramento de preços
A Secretaria de Agricultura, que está realizando o monitoramento dos preços das frutas e hortaliças mais comercializadas na CeasaMinas, considera que as oscilações apresentadas estão dentro do normal. Para alguns produtos, como alho e cebola, essa variação foi pouco significativa. Chuchu, tomate e o pimentão, por sua vez, tiveram queda devido à maior oferta desses produtos no mercado. Já em relação à batata e cenoura, a demanda foi menor que a esperada. Frutas como abacaxi, laranja e melancia se mantiveram praticamente com preços estáveis. Já maçã e mamão, observado o início e o final do período em questão, foram as únicas frutas que apresentaram alta nos preços, devido à menor oferta. Para a maçã, a queda da demanda, ocasionada pela suspensão das compras para a merenda escolar, fez com que os lotes retornassem para as câmaras frias.
Fonte e foto: Governo de Minas
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